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sábado, 17 de novembro de 2012

CHICO REI – Rei africano, que tornou-se escravo, conseguiu alforria e libertou + de 400 escravos

Chico Rei, nasceu em Galanga no Congo como um monarca guerreiro e sumo-sacerdote do Deus pagão Zambi-Apungo, foi capturado com toda a corte por comerciantes portugueses de escravos e vendido com o filho Muzinga no Rio de Janeiro, de onde foi levado assim como tantos outros escravos africanos em 1740, para trabalhar na mineração de ouro.Sua esposa a rainha Djalô e a filha, a princesa Itulo, foram jogadas no oceano pelos marujos do navio negreiro Madalena para aplacar a ira dos Deuses da Tempestade, que quase o afundou. Depois de servir cinco anos como escravo do major Augusto de Andrade Góis, Chico Rei comprou, por meio do padre Figueiredo, sua carta de alforria, libertou o filho, conseguiu comprar uma mina de ouro supostamente esgotada e, com o trabalho na mineração, alforriou outros 400 cativos, entre os quais os integrantes da sua corte africana. Sua devoção a Santa Ifigênia cresceu com fé robusta. Foi, então, que Chico sentiu a necessidade de erguer uma igreja para a santa, cuja capela se fincou com modéstia no Alto da Cruz. Uma igreja no alto do morro para ser vista por todos. Ali Chico Rei foi crismado por Dom Manoel da Cruz e casou-se, pela segunda vez, com Antônia, filha do Sacristão da Igreja, sendo seu casamento realizado por Dom Manoel Teixeira. No dia 6 de janeiro de 1747, Vila Rica foi surpreendida com uma festa que desconhecia. Chico Rei e seus patrícios, alforriados apareceram na capela de Nossa Senhora do Rosário com uma indumentária surpreendente. Dançaram o Congado, dança criada por Chico que tornou-se popular em Vila Rica e em todos os lugares onde se fazia o Congado. Aproveitando, habitualmente, uma brecha no sistema colonial, Chico, um homem inteligente e enérgico, tornou-se rei novamente no exílio, com direito a cetro de ouro, coroa e palácio real. Com seu carisma e determinação, o rei proletário, que trabalhava como todos nas minas de ouro, se tornou, também, um homem rico e respeitado, que deixou 42 potes, com aproximadamente 100 quilos do metal precioso, ao morrer, em 1781, aos 72 anos. Rei de sua tribo, lutou para alforriar seus súditos na América, tornando-se líder em Ouro Preto. Transformou-se numa figura lendária, considerada o símbolo da liberdade no Brasil, principalmente em Minas Gerais. Chico Rei tinha alguns amigos na população servil e muitos admiradores entre os brancos. Depois da morte do monarca, boa parte da comunidade formada por cativos alforriados abandonou Ouro Preto. Os prováveis motivos foram por esgotamento total da mina de Encardideira, comprada por Chico do major Augusto, e a perda de prestígio e segurança sem a presença do rei-escravo. Muzinga (filho de Chico) e seus seguidores dirigiram-se, provavelmente em 1785, para Vila do Tijuco (atual Diamantina), terra de Xica da Silva, para trabalhar na extração de diamantes quando, ao passar em Pompéu, cidade das vizinhanças, pararam para se aconselhar com o padre Antonio Moreira, que, ao ver o ouro que traziam, os convenceu a comprar terras de sua propriedade na Pontinha.Muzinga, como o pai, tinha adotado o catolicismo em substituição aos ritos africanos e se tornado devoto de Santa Ifigênia, santa negra de origem egípcia, e Nossa Senhora do Rosário, homenageadas em igrejas que Chico Rei ajudou a construir em Ouro Preto. FONTE: http://firmaproducoes.com/2003/01/28/chico-rei-rei-africano-que-tornou-se-escravo-conseguiu-alforria-e-libertou-de-400-escravos/

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Seminário Ação Educativa Transdisciplinar - Venha você também


"...A Fundação União Planetária (FUP), através do Centro Transdisciplinar de Educação e Formação de Educadores (CETRAEFE) e a Fundação Visconde de Cairu, (FVC), através do  Centro de Pós-Graduação e Pesquisa Visconde de Cairu (CEPPEV), em parceria com o   Centro Internacional de Pesquisas e Estudos Transdisciplinares (CIRET-França), com a OSCIP União Planetária (UP), com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com a TV SUPREN,  estão promovendo 2º. Seminário AÇÃO EDUCATIVA TRANSDISCIPLINAR PARA A REALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO. O objetivo do seminário é reunir alguns educadores e pesquisadores dedicados ao estudo e à prática do desenvolvimento do ser humano, da socioeconomia solidária, da economia do amor, da transdisciplinaridade, da educação transdisciplinar, da governança transdisciplinar e da pedagogia do amor ..." Neste encontro dialogaremos com alguns seres humanos super especiais nestas temáticas, dentre eles: Marcos Arruda, Ulisses Riedel e a Noemi Soares. Garanta seu lugar neste grande evento acessando: http://www.educacaotransdisciplinar.com.br enviando sua ficha de inscrição para: eductransdisciplinar@uniãoplanetaria.org.br  .A inscrição é gratuita. Batalhamos por patrocinadores para presentear nossa sociedade com esse momento de reflexão. Basta garantir  sua inscrição no site e no 14/07/2012 levar 02kg de alimentos não perecível para serem doados para algumas instituições. 



domingo, 1 de julho de 2012

Estudetes: alunas do ensino público da Bahia bombam na internet com paródia de Cheias


O vídeo  “As Estudetes” é o resultado de uma  atividade pedagógica proposta pela professora Maisa Paula  do Colégio Democrático Jataí Magalhães localizado na Ilha de Itaparica região metropolitana de Salvador aqui na Bahia. Um dos aspectos interessantes desta situação é que esta professora, segundo os meios de comunicação ( TV e Rádio e Mídia impressa) é a única na unidade escolar que não aderiu a greve. Eu questiono: será mesmo que ela não aderiu?  Será mesmo que ela não está mobilizada (ao seu modo) para a melhoria salarial da categoria? Aos meus olhos a ação da professora Maysa , ou melhor, a estratégia utilizada por ela foi excelente. Aliás,tive noticias que em algumas regiões de Salvador, inclusive em Itaparica, os professores que estão dando aula, estão desenvolvendo o conteúdo programático sim, mas também, estão esclarecendo os alunos e aos pais deles acerca da realidade que a categoria e eles mesmos alunos estão vivendo na educação. Deste modo, essa  ação, foi a que deu  maior visibilidade  ao movimento grevista, a luta por respeito, melhores salários e melhores condições de trabalho, visto  que, este vídeo produzido e publicado pelas alunas ,já foi visto por mais de 150 mil pessoas em todo Brasil. Assim sendo, além desses acessos num site de vídeos, conseguiu a atenção das maiores e menores redes de radio, televisão e Mídia impressa do país. Dentre eles podemos citar a rede Globo no programa Mais você da apresentadora Ana Maria Braga, assim como, rede Bandeirante, com o programa CQC  etc, nos quais ambos apelaram por um salário mais justo para os educadores desta nação.
As  alunas autoras da parodia são estudantes do 3º ano, chamam-se Isabela,  Bruna e Jamile, tem idade de 18 anos, e foram atraidas pela mídia ( gênero novela), provocada pela situação catastrófica que a educação se encontra e sensibilizada pela professora Maisa Paula que está trabalhando o seu conteúdo de forma atualizada, critica e contextualizada.  Vale ressaltar que, ainda nos dias atuais, as transformações podem surgir dentro das escolas, e desta vez, foi a escola através da professora Maysa Paula, quem mobilizou estes jovens de forma positiva para o exercício da cidadania. 
Esta é a minha opinião. Qual é a sua?
Vejam abaixo a letra do hit e os links das reportagens.

Estudetes

Todo dia acordo cedo
Me bato com o porteiro
Me dizendo meia volta
Que não vai rolar

Vendo esta situação
por isso fiz essa canção
Querendo solução
para a greve acabar

Queria  o governador aqui no meu lugar
Eu ia rir de me acabar
Só vendo seus filhinhos aqui no meu lugar
Sem um futuro pra contar

Minha colega me chamou
Pra estudar na casa dela
Eu disse que só resta a paralela

O ENEM vem aí
Mas o assunto está em falta
O governador não quer saber de nada

Queria  o governador aqui no meu lugar
Eu ia rir para me acabar
Só vendo seus filhinhos aqui no meu lugar
Sem um futuro pra contar

Levava a vida de estudete
Acordava as sete
Esperando o jornal passar
Pra ver no que vai dar
Querendo que a greve
acabe para estudar
to na boa vou para escola
quero me formar


http://globotv.globo.com/rede-globo/mais-voce/v/estudetes-alunas-do-ensino-publico-da-bahia-bombam-na-internet-com-parodia-de-cheias/2000241/

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Aluno pede desculpas para professora em jornal

Olá Colegas!
Convido-os a tomar conhecimento de que ainda existem pais que dão aos seus filhos educação doméstica e os corrigem, quando estes tentam desviar do caminho do bem. Em anúncio de jornal, aluno pede desculpas para professora, após ofender a docente pela internet, o jovem de Londrina se retrata com nota publicada em jornal, por exigência do próprio pai, o qual exigiu retratação do filho. Apreciem em:
 http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1068512-adolescente-pede-desculpas-para-professora-em-anuncio-no-pr.shtm

A greve dos professores da rede estadual da Bahia

Caríssimos (as), hoje faz 73 dias de greve dos professores da rede estadual e de ausência de diálogo da parte do governador.
De acordo com leituras que fiz de Riedel em seu livro "As causas da miséria e sua superação- Reflexões,  posso afirmar que estamos sofrendo de três males sociais: ausência de vontade, ausência de sabedoria e ausência de amor. Está faltando aos nossos governantes o desenvolvimento da sábia e poderosa energia do amor.  É possível a construção de uma Bahia mais justa socialmente, mais fraterna e o crescimento de uma sociedade mais solidaria(alias isso um dia foi prometido). Mas, isso só irá acontecer se o governador da Bahia lembrar que ele é ser humano, e que todos nós vivemos no mesmo planeta, e que,  tanto quanto ele todos nós, temos as mesmas necessidades: viver com cidadania e dignidade. Sem escolas????
"É preciso uma atuação permanente, perseverante, paciente, com confiança, com fé: é preciso acreditar que é possível essa conquista e persistir em sua busca. Não há progresso sem esforço." Não há formação educacional sem professor". O professor é o profissional que verdadeiramente merece ter salario de politico. Sonho!!!! Precisamos respeitar o/a professor/a. "Não é fácil, mas é possivel e viável. Com paciencia, perseverança e confiança podemos construir uma massa critica, uma consciencia coletiva, que substitua os valores materiais individualistas, egoístas, patrimonialistas e gananciosos, por valores humanistas e espirituais: vendo o outro como integrante de nossa propria vida e percebendo que, a rigor, o outro não existe, ele faz parte de nós mesmos, faz parte da nossa humanidade. Com uma atuação altruista e solidaria, os valores vigentes preponderantes serão mudados, para que prevaleçam novos paradigmas, criando-se um mundo novo de paz, de fraternidade, de amor, alicerçado no principio de que "não há ideologia superior á solidariedade". RIEDEL(2011,pag. 53) As estudantes de Itaparica-Bahia, estão fazendo sua parte. A mídia também. Ainda é pouco. É preciso que cada um de nós, façamos a nossa parte por uma sociedade mais justa para cada um de nós.
 

domingo, 11 de março de 2012

Filme: Help Desk na idade média

PARFOR abre pré-inscrições para cursos de formação- 19 de março

Publicado sex, 09/03/2012 - 10:49 por Assessoria de Comunicação - ASCOM
PARFOR abre pré-inscrições para cursos de formação
A Secretaria Estadual da Educação, através do Instituto Anísio Teixeira – IAT, informa que o Plano Nacional de Formação de Professores - PARFOR abre, de 19 de março a 08 de abril de 2012, no site da Plataforma Freire, pré-inscrições para cursos de formação de professores.
O PARFOR é um programa nacional implantado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) em regime de colaboração com as secretarias de educação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e com as Instituições de Ensino Superior (IES). O objetivo principal do programa é garantir que os professores em exercício na rede pública de educação básica obtenham a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, através da implantação de turmas especiais, exclusivas para os professores em exercício.
Inscrições Aqui
Para se inscrever, é preciso ser professor da rede pública de educação básica em exercício e ter pelo menos três anos de magistério. Estão incluídos nesta seleção professores de creche, educação infantil, ensino fundamental e médio. Será permitida a matrícula apenas em um curso correspondente à disciplina ministrada. Diretores, auxiliares administrativos ou pessoas que exerçam qualquer outra função em secretarias e escolas públicas que não a docente não podem se inscrever nos cursos do PARFOR.
Qualificação - Os cursos são qualificados como: Primeira licenciatura - para docentes da rede pública da educação básica que não tenham formação superior; Segunda licenciatura - para docentes da rede pública da educação básica quem atuam em área distinta da sua formação inicial; e Formação pedagógica - para docentes da rede pública da educação básica graduados e não licenciados. O calendário referente ao 2º semestre de 2012 está disponível AQUI. Outras informações podem ser obtidas através do telefone 0800 61 61 61 - opção 7.

Abertas inscrições para cursos de Formação Continuada

Notícias
Servidores
Publicado ter, 14/06/2011 - 15:22 por Assessoria de Comunicação - ASCOM
Abertas inscrições para cursos de Formação Continuada
Estão abertas até 30 de junho as inscrições para bolsas de docência para cursos de Formação Continuada nos anos finais do ensino fundamental nas disciplinas: Educação Física, Ciências Naturais, História, Geografia e Currículo e Avaliação. As vagas, oferecidas pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), centro de formação da Secretaria da Educação da Bahia, abrangem 33 municípios, sendo 165 vagas para candidatos a bolsas para professores-formadores, 33 para professores-pesquisadores, quatro para coordenadores adjuntos e uma para coordenador geral.
A seleção é aberta a qualquer professor ou profissional especialista, mestre ou doutor que deseja realizar formação continuada de educadores da rede pública. Para participar, o candidato deve imprimir o formulário de inscrição disponível no Portal do IAT (www.iat.educacao.ba.gov.br), preencher corretamente todos os dados e enviar a ficha escaneada para o e-mail acoesarticuladas.iatmec@gmail.com.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Vamos lutar pelo que luta por nós HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ

Queridos conterraneos,
Precisamos nos unir para salvar vidas. Hoje não estamos nós precisando do Hospital Aristides Maltes, mas milhares de pessoas necessitam do atendimento que é oferecido gratuitamente lá. Quem sabe se amanhã não precisaremos nós. (que Deus nos livre) mas... Só quem sabe do amanhã é Deus.
Todas as prefeituras do estado da Bahia, tem obrigação de repassar verba para o hospital, visto que este atende pessoas de todo o estado. Vamos deixar a burocracia de lado e ir urgente ao Hospital "doar" uma minxaria de pelo menos dois mil reais.Enquanto não se resolve essa questão de uma vez.



FOTO do http://www.bahianoticias.com.br/

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Educação por Amanda Gurgel - Audiencia Publica após greve de professores no RN

Historia da EAD por Fredric Litto

No Brasil, já são mais de 2,5 milhões de estudantes de educação a distância. O avanço tecnológico foi o fermento dessa revolução.

“Computador, internet, multimídia. Essas novas tecnologias vêm a somar com a necessidade da sociedade de atualização de conhecimentos, e de forma mais conveniente. A escola ou a universidade vem até elas e não vice-versa”, explicou Fredric Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância.

A educação a distância surgiu no século XIX. Com 150 anos, a University of London é a pioneira. Tem 40 mil alunos em 180 países. Produziu cinco prêmios Nobel. O mais ilustre, o ex-presidente da África do sul, Nelson Mandella, fez o curso de Direito por correspondência na prisão.

Na Segunda Guerra Mundial, soldados americanos já estudavam a distância. “Foi no pós-guerra, com a necessidade de formar profissionais rapidamente para que dessem conta de reconstruir os países da Europa, principalmente, que a educação a distância teve um grande impulso”, lembrou Beth Almeida, professora de Tecnologias na Educação (PUC/SP).

No Brasil, a educação a distância desembarcou no fim do século XIX. Acredite: aprendia-se datilografia por correspondência. Depois, aulas começaram a ser transmitidas pelo rádio. E o aparelho que revolucionou a comunicação na época também virou tema de curso.

“As pessoas montavam seus próprios rádios e também depois tinham que fazer a manutenção desses rádios, então era um novo negócio, uma nova demanda, uma evolução no Brasil na época”, contou Márcia Siqueira, diretora do Instituto Monitor.

Aberto há 70 anos, este instituto com sede em São Paulo é a escola mais antiga em funcionamento no país.
Seu João Villa foi um dos primeiros alunos. Formou-se em 1942 como radiotécnico. “A gente podia ler no bonde. Ia para casa de bonde, ia lendo. Quando eu voltava, ia lendo também. Aproveitava o tempo”.

Um colégio no centro de Manaus tem alunos espalhados pelo mundo inteiro. Filhos de militares em missões especiais estudam pelo computador do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro do médio. “Nosso objetivo é permitir uma continuidade dos estudos”.

Na fronteira com a Colômbia e a Venezuela, o curso a distância dá tranquilidade a quem vigia a área marcada pelo narcotráfico.

A família do major Dos Santos já mudou sete vezes de cidade. Efraim de Jesus dos Santos se adaptou logo às apostilas, exercícios e aulas virtuais. “Posso conversar com o professor, tirar minhas dúvidas. Tem português, matemática, história, geografia, ciências e inglês”.

Apesar de estudar em casa, a rigidez é militar. “Na parte da manhã, é só estudo”, garante o pai. “É como se ele tivesse no colégio”, compara a mãe.

Com o curso de Educação Física, Olavo sonha em melhorar a qualidade de vida no município onde 90% dos moradores são índios e multiplicar oportunidades para as futuras gerações.

“À distância ou perto, o importante é que esteja estudando porque sem a educação a gente praticamente não é nada”.

Educação a distância beneficia milhões

Lugar de professor ruim é fora da sala de aula


Professores de castigo

Como a cidade de Nova York e seu secretário de Educação, Joel Klein, lidam com maus professores – que, por lei, não podem ser demitidos
CAMILA GUIMARÃES

TCHAU, PROFESSOR
Joel Klein, secretário de Educação de Nova York, numa escola pública. Lugar de professor ruim é fora da sala de aula
O que fazer com professores incompetentes a quem a lei garante estabilidade de emprego? Esse é um problema enfrentado por quase todos os sistemas de ensino público, incluindo o brasileiro. A cidade de Nova York, cuja rede de ensino é a maior dos Estados Unidos (são 1,1 milhão de estudantes e 80 mil professores), adotou uma solução drástica: colocar os maus professores de castigo. Quase 700 deles são pagos para não dar aulas. Eles passam os dias de trabalho confinados em salas vazias, dentro de complexos chamados de Centros de Recolocação Temporária. Esses centros existem há anos para afastar professores suspeitos de alcoolismo, agressão física contra alunos e assédio moral ou sexual. Desde 2002, o governo municipal usa o mesmo sistema para afastar também os incompetentes. E agora começa a colher resultados.
As salas desses centros foram apelidadas de rubber rooms (quartos “emborrachados”, em referência a quartos de hospício). Não são exatamente locais aconchegantes. Tirando as carteiras típicas, nada lembra uma sala de aula. Não há livros, mapas pendurados na parede nem computadores. Algumas nem sequer têm janelas. Os professores são vigiados por dois seguranças e dois supervisores da Secretaria de Educação, têm horário para chegar e ir embora (o período corresponde ao dia de trabalho normal, das 8 às 15 horas) e não podem acessar a internet nem falar ao celular. Em resumo, fazem quase nada o dia inteiro. E isso pode durar anos. Quando um professor é denunciado pelo diretor da escola, é afastado imediatamente. Em seguida, um árbitro indicado pelo sindicato dos professores começa a investigar s se a acusação procede. Em caso positivo, o profissional é demitido. Em caso negativo, ele é reintegrado. Mas, por exigência do sindicato, os árbitros só trabalham nos casos cinco dias por mês. Isso faz com que, na média, cada investigação demore três anos para ser concluída.
As salas de castigo estão longe de ser uma solução ideal. Primeiro, porque são caras: enquanto estão no limbo, os professores continuam a receber seus salários e a contar tempo de serviço para garantir benefícios, como aposentadoria. Hoje, a cidade de Nova York gasta cerca de US$ 50 milhões por ano com os integrantes dos centros. Além disso, elas suscitam reclamações de professores que se sentem injustiçados. Em dezembro, um grupo deles entrou com um processo contra a prefeitura, alegando que o secretário municipal de Educação, Joel Klein, tem como objetivo “acabar com o direito à estabilidade de emprego”. Ao fazer de seu cotidiano profissional algo “insuportável” e “humilhante”, ele estaria forçando professores a pedir demissão.
Klein afirma que as salas de castigo funcionam principalmente para evitar que professores incompetentes deem aulas. Em Nova York, o contrato que rege as leis trabalhistas dos professores – inclusive a que determina o castigo remunerado – é assinado com o poderoso sindicato dos professores. Para a prefeitura, o prejuízo dos centros é considerado menor perto da alternativa, que seria deixar professores ruins influenciar milhares de crianças. “É o único jeito de mantê-los afastados da responsabilidade de educar crianças e jovens”, diz Ann Forte, porta-voz da Secretaria de Educação de Nova York.
A solução, radical, é explicada pela dificuldade das autoridades de educação de mexer com direitos adquiridos dos professores. O Estado de São Paulo, por exemplo, decidiu implantar um sistema de meritocracia, mas enfrenta ações judiciais do sindicato dos professores. O plano é mais suave que as salas de castigo. Em vez de punir maus professores, trata-se de premiar os melhores. A cada ano, o Estado aplicará uma prova para diretores, professores, coordenadores e supervisores. Os 20% mais bem avaliados receberão aumentos de 25% do salário. Os dois sindicatos mais representativos dos professores dizem que esse tipo de promoção fere a isonomia de classe.
“Não é incomum aparecer conflitos entre os direitos legais dos funcionários públicos e o direito da criança ao acesso à boa educação”, diz Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, uma organização voltada para a melhora da educação no Brasil. Achar o equilíbrio entre esses dois pontos vem sendo a principal estratégia de Klein, que há sete anos deu início a uma radical reforma no sistema público de ensino da cidade. Seu lema: os pilares de qualquer ensino público – estabilidade de emprego, promoção por tempo de serviço e um sistema de remuneração hierárquico – beneficiam mais os funcionários e os políticos de plantão do que os alunos. Com isso, ele bateu de frente com uma classe de profissionais que não está acostumada a ser avaliada e cobrada. “No geral, professores não admitem que precisam de ajuda”, diz Patrícia Motta Guedes, pesquisadora do Instituto Fernand Braudel.
A principal medida de Klein foi dar mais autonomia aos diretores de escolas. Antes, eles não podiam contratar ou demitir sua própria equipe. Os professores é que escolhiam onde lecionar, de acordo com o tempo de serviço. Hoje, os diretores têm liberdade de contratação, gerência sobre o orçamento da escola e autonomia para decidir, por exemplo, pagar um salário maior para um professor que tenha melhor desempenho. Eles só não podem, ainda, demitir professores estáveis.
Junto com a autonomia, veio a cobrança. Assim que assume uma escola, o diretor assina um contrato dizendo quais são suas metas pedagógicas e orçamentárias. Se não cumpri-las no prazo determinado, é demitido, e a escola fecha. Desde 2002, 90 escolas desapareceram. A maioria dos diretores não aguentou. Cerca de 70% se aposentaram ou pediram demissão, de acordo com dados oficiais.
Embora ainda tenha muito trabalho pela frente, Klein conseguiu mostrar avanços no ensino. Entre 2005 e 2008, a taxa de conclusão do ensino médio aumentou de 47% para 61%. No mesmo período, a taxa de desistência caiu de 22% para 14%. Entre 2006 e 2009, a porcentagem de estudantes que atingiram os padrões adequados de aprendizagem para sua idade saltou de 57% para 82%, e a diferença entre o desempenho dos alunos negros em relação ao dos brancos diminuiu de 31% para 17%.
Além dos diretores, professores e alunos também passam por avaliações de desempenho periodicamente. As avaliações anuais, por um lado, determinam a demissão do diretor ou o afastamento de um professor. Por outro, são a base para o pagamento de bônus – em 2009 foram distribuídos US$ 5 milhões. O sistema pode até dar margem a alguns erros, mas em sua essência é muito simples: os professores que não ensinam são afastados, os que ensinam bem ganham bônus e são promovidos. Quem pode ser contra?

FOCO NO ALUNO
Aula de matemática em uma escola municipal do Brooklyn, em Nova York. Com a reforma, o desempenho dos alunos melhorou

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI122910-15228,00-PROFESSORES+DE+CASTIGO.html acesso em 14/05/2011

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Paulo Henrique Amorim pagará indenização por racismo


Jornalista chamou Heraldo Pereira, da TV Globo, de “negro de alma branca” e pagará R$ 30 mil.

oglobo.com 23/02/2012 18h26



BRASÍLIA – O jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentador do programa Domingo Espetacular da Rede Record de Televisão, foi condenado a pagar indenização de R$ 30 mil ao jornalista Heraldo Pereira, da TV Globo, por ter afirmado em seu blog que Pereira é um "negro de alma branca", o que foi considerada uma manifestação racista em julgamento no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O valor será entregue a uma instituição de caridade escolhida por Heraldo Pereira. O processo por dano moral já vinha tramitando desde março de 2010, e no dia 15 de fevereiro, eles entraram em acordo.


Amorim também deverá publicar uma retratação nos jornais Correio Braziliense e Folha de S.Paulo, nos cadernos de política, economia ou variedades. O texto deverá dizer que ele "reconhece Heraldo Pereira como jornalista de mérito e ético; que Heraldo Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que apesar de convidado pelo Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou participar do Conselho Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo Pereira não é e nunca foi submisso a quaisquer autoridades; que o jornalista Heraldo Pereira não faz bico na Globo, mas é empregado de destaque da Rede Globo; que a expressão 'negro de alma branca' foi dita num momento de infelicidade, do qual se retrata, e não quis ofender a moral do jornalista Heraldo Pereira ou atingir a conotação de 'racismo'", de acordo com decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.


No texto que deu origem à ação, veiculado no blog "Conversa Afiada", Amorim afirmava que Heraldo Pereira era funcionário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que apenas fazia um bico na Rede Globo, além de chamar o jornalista de "negro de alma branca", o que foi considerada uma manifestação racista.

http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/paulo-henrique-amorim-tera-que-indenizar-heraldo-pereira/2012/02/24-132929.html

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Morreu Drº Igor Caldas Porto

Nos últimos dias, estávamos tristes vendo e ouvindo os telejornais anunciando a morte tão precoce de um jovem médico. 31 anos, eu dizia meu Deus! Que fatalidade! Aqui em casa, todos nós lamentávamos a tragédia. Eu repetia: "- praticamente terminou de formar agora, nem curtiu, conheceu pouco a vida e se foi. Morto por um inseto minúsculo e destruidor."
Quando hoje retornava do trabalho, ouvi na rádio metropole o drº Wagne Porto anunciando ás pessoas a missa. Meu amor falou, _"que homem forte! Acabou de perder o filho e está ... Aí eu disse: -Meu amor, o nome dele é Wagner Porto? E o do filho é Igor Porto? Eles devem ser irmão e sobrinho de Bel. Meu amor disse, não deve ser não,´pode ser que seja só uma coincidencia. Liguei imediatamente para minha amiga Bel, e qual não foi o meu susto ao conversar com meu amigo Luis Mário e ele confirmar minha suspeita. É isso! Agora minha tristeza tornou-se maior ainda.
Igor, veio do interior direto para o Hospital Couto Maia, que é referencia aqui em Salvador, mas, já era tarde demais. Foi transferido para o São Rafael para constatar sua morte cerebral. Na verdade Dr. Igor Porto teria se sentido mal no sábado à noite, quando deu entrada na Clínica Santa Bárbara apresentando quadro febril. Ele foi transferido pela ambulância do Samu para Feira de Santana, e em seguida para o Hospital Couto Maia e posteriormente para o hospital São Rafael, em Salvador.
Vejam a nobreza desta familia, apesar da dor a família do médico pretendia fazer a doação de seus órgãos, mas, com a confirmação da causa da morte por dengue hemorrágica, essa possibilidade foi descartada.
Natural de Ilhéus, o jovem médico Igor Caldas era clínico geral, tendo atuado em Jacobina na Clinica Santa Bárbara e no Hospital Municipal Antonio Teixeira Sobrinho, além do consultório particular.
O corpo do médico Igor Caldas Porto foi sepultado às 12 horas desta terça-feira (21) em Salvador.
Dengue Hemorrágica: A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae, de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti. É a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e consequências como a morte.